Monday, August 25, 2008

Lessons from the 2008 Olympic Games

China has used the Olympics as a “coming out party”. Like a young teenager in the modern world scene, China was excited and expectant; it planned and prepared itself meticulously, and held a wonderful party, in the opening and the closing ceremonies, as well as in its sporting performance.

Of course China still has huge inequalities, as well as limited freedom of information, self-expression and political choice. However, it is quite clear that the vast majority of the Chinese people are supportive of this huge collective effort to modernize and achieve a better standard of living, and a leadership position in the world. At least in the number of medals won they have clearly shown that in Olympic sports they have achieved a place among the world leaders!

Should Brazil emulate this investment in sports? Does that make sense in economic, political and social terms? Obviously not, if one measures success by the number of gold medals won. Would anything change if Brazil, instead of a meager 15 medals, including 3 gold, had won 20 gold medals instead? The immediate and simplistic answer seems to be clearly “no”.

However, if sports in general were truly valued, our companies, government and society would invest a lot more in sport preparation of our young generations. We would have thousands, perhaps millions of aspiring athletes; 4 to 6 hours of school would be complemented by 2-3 hours of sports activities every day; our young people would have less time for drugs, crimes and for foolish pastimes; the would learn more about values and like persistence, determination, practice, and constant improvement. They would learn more about individual and group work, and they would learn respect, competence and to be competitive. They would learn to win with grace and to lose honorably.

With a strong sports culture, we would prepare more and better leaders and team players; we would have a healthier, more active population (with fewer smokers!), and our country would be more recognized internationally and project a positive aspect of its culture and people.

It is very clear that once we go beyond a simplistic cost analysis which compares only the cost of a stadium with the value of tickets sold, we will realize that developing a strong sports culture together with education can be a fundamental force to forge a better society.

Congratulations to China on their Olympic effort!

James Wright
Director, FIA Business School

Lições dos Jogos Olímpicos de 2008

A China fez uso das Olimpíadas como uma festa de debutante. Tal como uma jovem adolescente no moderno cenário mundial, a população chinesa estava ansiosa e cheia de expectativas; planejou, preparou meticulosamente e realizou uma maravilhosa festa nas cerimônias de abertura e encerramento, assim como executou com afinco sua performance desportiva.

Claro que a China convive com enormes desigualdades, bem como um limitado acesso à informação e pouquíssima liberdade de expressão e escolha política. No entanto, é bastante claro que a grande maioria do povo chinês em geral apóia este enorme esforço coletivo de modernização, visando atingir um melhor nível de vida para sua população, bem como uma posição de liderança no mundo. O número de medalhas alcançadas mostra claramente que, pelo menos no esporte olímpico, eles têm conseguido um lugar entre os líderes mundiais!

Uma pergunta que vale ouro; o Brasil deveria imitar esse investimento no esporte? Será que tal investimento faz sentido em termos econômicos, políticos e sociais? É evidente que não, se for um sucesso medido pelo número de medalhas de ouro conquistadas. Mudaria alguma coisa se o Brasil, em vez de escassas 15 medalhas ( 3 de ouro), houvesse alcançado 20 medalhas de ouro? Á primeira vista, a resposta simplista é um sonoro “não”.

Mas imagine por um instante se esportes em geral, fossem verdadeiramente valorizados. As nossas empresas, o Governo e a sociedade investiriam muito mais na preparação esportiva de nossos jovens. Teríamos então milhares, não, milhões de jovens aspirantes a atletas olímpicos; as 4 a 6 horas diárias de estudo seriam complementada por 2 a 3 horas de atividades esportivas todos os dias, e os nossos jovens teriam menos tempo para drogas, criminalidade e para a passatempos tolos; aprenderiam de maneira prática sobre valores como a persistência, a determinação, e a importância de treinar e da melhoria constante. Iriam aprender sobre trabalho em grupo e responsabilidades individuais, e iriam aprender a respeitar a competência a serem mais competitivos. Aprenderiam a vencer com elegância e a perder lutando de forma honrada. Com uma forte cultura desportiva, prepararíamos mais e melhores líderes e melhores equipes; teríamos uma população mais ativa e saudável (com menos fumantes!), e nosso país seria mais reconhecido internacionalmente e projetaríamos uma nova e positiva imagem de um aspecto adicional da cultura e das pessoas do nosso País.

É portanto muito claro, que uma vez que formos além de uma simples análise de custo benefício que analisa apenas o custo um estádio versus o valor dos ingressos vendidos, vamos perceber que o desenvolvimento de uma forte cultura desportiva juntamente com a educação pode ser uma força fundamental para estabelecer uma sociedade melhor.

Parabéns à China pela sua festa olímpica!

James Wright
Diretor, FIA Escola de Negócios