A 10ª viagem anual do MBA Executivo Internacional à China
permitiu constatar um amadurecimento do ambiente de governo e negócios. O
governo entende que haverá uma redução da taxa de crescimento para “míseros” 7%
ao ano, e se preocupa em manter um nível adequado de emprego, em especial
considerando os 120 milhões de trabalhadores “migrantes”, cidadãos de cidades
do interior e zonas rurais que trabalham o ano todo nas grandes fábricas
exportadoras, voltando no ano novo chinês para suas cidades de origem.
O governo procura orientar o investimento em infraestrutura
e produção para o interior menos desenvolvido e mais pobre, assim como procura
estimular o consumo interno, sempre uma tarefa difícil em países com pouco
suporte de sistemas previdenciários para a população. Por sua vez, as empresas
chinesas se queixam cada vez mais de elevação de salários e encargos sociais,
restrições ambientais e valorização do Renminbi (a moeda do povo), reduzindo
sua competitividade nos mercados externos.
Com a orientação para o consumo e interior,
vislumbramos que existirão oportunidades para as empresas e produtos
brasileiros no vasto e competitivo mercado interno da China.
Em contrapartida, o governo chinês está também estimulando a
internacionalização crescente das empresas chinesas, tanto estatais como
privadas, para investirem no exterior; no último encontro do Conselho
Empresarial Brasil-China, do qual participei, mais de 200 empresários chineses
estavam presentes na busca de oportunidades.
Enfim, grandes oportunidades se abrem, os desafios são
crescentes, e as vantagens virão a quem enxergar longe, se preparar bem e
buscar o conhecimento adequado.
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