China – 10 anos de Transformações
Em Junho de 2015 completamos 10
anos de viagens de estudos de executivos seniores do Profuturo FIA - MBA
Executivo Internacional à China. Com visitas a cidades como Shanghai, Suzhou,
Shenzhen, Foshan, Donguang, Guangzhou e Beijing, nossos alunos ganharam uma
visão privilegiada das regiões mais pujantes da China e das transformações e
desafios enfrentados na sua trajetória de crescimento.
Nos primeiros anos, a partir de
2005, nos impressionou o vertiginoso crescimento das empresas exportadoras
chinesas, em especial na província de Guangdong e na sua capital Guangzhou (a
antiga Canton). Nesta região, a primeira a vivenciar as zonas especiais de
exportação criadas por Deng Xiaoping, impressionaram a velocidade de resposta,
o empreendedorismo e a articulação eficaz de governo e empresa. Zonas
industriais equipadas com moradias para os trabalhadores volantes, escolas
técnicas e universidades recém-criadas, infraestrutura primorosa orientada para
a exportação e escritórios com atendimento integrado para todas as necessidades
dos investidores junto às prefeituras locais mostraram um exemplo excelente de
planejamento e orientação para a exportação.
Ainda nessa região, o empreendedorismo surpreende: conhecemos ex-alunos de MBAs de escolas parceiras, cujas empresas nascentes já foram criadas com foco exclusivo em exportação; o empreendedor chinês quando cria uma empresa pensa de imediato em todo o mercado potencial global, em contraste com o brasileiro que via de regra, foca só no mercado potencial do nosso País.
Ainda nessa região, o empreendedorismo surpreende: conhecemos ex-alunos de MBAs de escolas parceiras, cujas empresas nascentes já foram criadas com foco exclusivo em exportação; o empreendedor chinês quando cria uma empresa pensa de imediato em todo o mercado potencial global, em contraste com o brasileiro que via de regra, foca só no mercado potencial do nosso País.
Todo esse crescimento inicial baseou-se fundamentalmente em produção de baixo valor agregado e intensiva em mão de obra barata. Condições de moradia, jornadas e segurança no trabalho eram no mais das vezes extremamente precárias. Limitações severas para a migração interna sem contratos de trabalho estabelecidos, a política de filho único, as mazelas da poluição e o controle da informação eram claramente aceitas em nome do progresso econômico e da melhoria concreta de condições de vida da população carente.
A partir das Olímpiadas de 2008
em Beijing, percebemos uma mudança de postura: o chinês se antes tinha
satisfação pelo progresso econômico simples, passou a ter orgulho das suas
realizações e uma autoconfiança cada vez maior do seu potencial. Os trens de
alta velocidade interligando cidades, aeroportos enormes e suntuosos, prédios
arrojados, pontes estaiadas as dezenas, produtos e marcas que começam a ter
impacto global como Lenovo, Alibaba e Xiaomi dão aos chineses a certeza que
eles poderão não só competir em tamanho da economia, mas também na criação de
produtos e serviços competitivos.
O momento atual é de maturação,
com uma economia crescendo a “apenas” 7% ao ano, o envelhecimento da força de
trabalho, o relaxamento da política de filho único e das limitações à migração
interna, e o atendimento às demandas crescentes de uma população mais jovem e
mais conectada, lançam novos desafios para a liderança chinesa. Os próximos
anos mostrarão se o até agora competente planejamento quinquenal executado pela
meritocrática cúpula do Partido Comunista Chinês saberá dar conta de conduzir o
destino deste complexo gigante pelas próximas décadas.
Estes temas serão o objeto de um
debate mais aprofundado num próximo seminário do Profuturo na FEA-USP no dia 03
de Setembro, das 14h às 17h. Venha participar! (http://profuturofianachina10anos.questionpro.com
)
Espero que gostem!
Um abraço.
James Wright
No comments:
Post a Comment