Leda Machado, professora do International MBA do Profuturo FIA, vem construindo uma história típica de pessoas que se abrem às múltiplas possibilidades. Da vida acadêmica e profissional aos hobbies que desenvolve, são muitos os elementos que, segundo ela, se complementam e formam um todo indivisível, como ela conta em seu depoimento.
“Minha carreira foi sendo construída a partir da aceitação das várias possibilidades às quais fui apresentada. Depois da Faculdade de Arquitetura, fiz pós-graduação em Planejamento para o Desenvolvimento Urbano na University of London, seguido de mestrado e doutorado na mesma universidade. Foi nesse período me interessei pela questão de Gênero. Esse foi o foco de todos os meus estudos de pós e até agora trabalho com esse tema.
Retornando ao Brasil, atuei na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano e fui comissionada no Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, onde desenhei e coordenei o curso Gênero e Política Pública. Em 1994, recebi o Prêmio Young Sociologist pelo trabalho “Women and Change: Social Actors, Gender and Continuity of Urban Movements”. Como tinha intenção de seguir a carreira acadêmica, prestei concurso para professor extra carreira na Fundação Getúlio Vargas. Fui aprovada e lá permaneci três anos. Ministrei aulas de Sociologia, orientei alunos de iniciação científica e desenvolvi pesquisas que formaram meu segundo livro: “A incorporação de Gênero nas Políticas Públicas: Perspectivas e Desafios” (o primeiro foi “Atores Sociais: Movimentos Urbanos, Continuidade e Gênero”, baseado no meu doutorado). Na FGV, fui convidada a desenvolver consultorias sobre Gestão de Pessoas, atividade que acabou me levando à carreira executiva. Por mais de 20 anos trabalhei nessa área, principalmente em multinacionais, e mesmo assumindo as responsabilidades de executiva, continuei ministrando aulas em cursos de MBA.
Atualmente sou sócia-diretora da LMachado Desenvolvimento Organizacional e Profissional, consultoria em Gestão Estratégica de Pessoas. Também coordeno o Laboratório de Gêneros da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e sou presidente do Conselho de Administração do Greenpeace Brasil. Além disso, às vezes escrevo para a revista Época Negócios on line e estou desenvolvendo parcerias com escolas internacionais.
Tenho vários hobbies: adoro cozinhar e receber os amigos. Desfruto planejar o que cozinhar, que toalha e louça usar... O mesmo prazer de planejar e executar acontece com o tricô, o bordado, a pintura de camisetas e a produção de fotos. Também escrevo poesias e desenho roupas, bolsas e joias. Em 2015 fiz um curso de Desenho de Joias no IED (Instituto Europeu de Design). O trabalho final foi a coleção Memórias de Londres. Agora estou desenhando outra coleção: Amazônia. Esses hobbies/atividades demonstram que a arquitetura nunca me abandonou. Cor, forma, textura fazem parte do meu olhar. Entendo que todas as atividades profissionais e os hobbies que desenvolvi e desenvolvo se complementam e formam um todo indivisível. Frequentemente as pessoas me perguntam qual a lógica da minha trajetória. Respondo que, para mim, foi um caminho que faz todo o sentido já que acredito na complementaridade. Ou seja, acredito no “E” e não no “OU”. Sinto-me privilegiada por isso, o que me faz tentar retribuir o que recebi. Sempre penso em uma frase de Albert Einstein: "Todos os dias eu me lembro que minha vida interior e exterior são baseadas nos trabalhos de outros homens, vivos e mortos, e que devo me esforçar, a fim de dar na mesma medida o que recebi e ainda estou recebendo.”
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